A Petrobras reajustou em 8,9%, em média, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, engarrafado pelas distribuidoras em botijões de até 13 quilos (kg). O aumento atinge diretamente o orçamento da população mais pobre do país.

O reajuste do gás de cozinha entra em vigor à 0h desta terça-feira (5). Em São Paulo, alguns lugares já comercializavam o preço próximo de R$ 80,00. Na Lapa, zona Oeste, o preço estava em R$ 77,90 em setembro. Com o novo aumento deve chegar próximo dos R$ 90,00 em alguns locais. Mas é possível que em locais mais baratos o preço gire em torno de R$ 70.00, após o aumento.

O aumento se deve principalmente à alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanha a alta do Brent, (petróleo cru), que indica a origem do óleo e o mercado onde ele é negociado, segundo a Petrobras.

O percentual anunciado de reajuste leva em contra preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado ao consumidor, a Petrobras estima que o preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg deve subir, em média, 4%, ou cerca de R$ 2,53 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

Em nota, o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirma que o reajuste anunciado pela Petrobras ainda deixa o preço dos botijões de cozinha de 13kg cerca de 1,3% abaixo do preço de paridade internacional. (Agência Brasil/Carta Campinas)