.Por Eduardo de Paula Barreto.

Aves de aço cruzam os céus
Levando no bico a morte
Deixando para trás os seus
Esfomeados filhotes
Sendo nutridos com ódio
E conceitos ideológicos
Que tiram do céu o azul
Quando em milhares
Voam além dos ares
De Pyongyang e Seul.
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Como aves de rapina
Se lançam no precipício
Para com ovos de ogiva
Eclodirem o genocídio
Muito além dos oceanos
Em território americano
Ou aonde quiserem pousar
Dando início à destruição
Advinda da proliferação
Da revoada nuclear.
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São lamentos de dores
Em idiomas diferentes
Perecem os agressores
Perecem os inocentes
E assim a espécie humana
Na inexistência proclama
Extinta a vida na Terra
E nossa alma agoniza
Porque se perdemos a vida
Foi por não sermos dignos dela.