Fraude em licitações, corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, estelionato, desvio de recursos públicos durantes 10 anos, participação de todo tipo de patente militar (do cabo até a elite militar), 60 denúncias e já identificados R$ 191 milhões em desvios de recursos públicos.

Esse é o retrato do que constatou o próprio MPM (Ministério Público Militar) nas Forças Armadas do Brasil. O valor de R$ 191 milhões é resultado de um levantamento feito pelo UOL com base em informações repassadas pelo MPM. Recentemente uma quadrilha formada por militares foi presa no Rio de Janeiro.

De acordo com a reportagem, das 60 denúncias, 59 foram encaminhadas ao TCU (Tribunal de Contas da União) em meados de setembro. O encaminhamento foi feito a pedido do tribunal como parte dos procedimentos de controle das contas das Forças Armadas. O órgão é um dos responsáveis pela análise das contas públicas das Forças Armadas. A que ainda não foi encaminhada ao TCU ainda está sob sigilo e aguarda uma decisão da Justiça Militar para se transformar em ação penal.

O MPM faz parte do Ministério Público Federal e é especializado na apuração de crimes cometidos por militares ou civis contra as Forças Armadas. Seus promotores e procuradores são civis, embora alguns deles já tenham tido carreira militar.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Defesa diz fazer auditorias para a avaliação dos gastos das Forças Armadas, que “nenhuma organização ou país está imune à corrupção” e que “na formação e educação do militar, fatos desabonadores da ética e da moral são repudiados e devidamente punidos”. (Com informações do DCM)