Enquanto sobra dinheiro na Câmara de Vereadores de Campinas, a população sofre com a falta de recursos na cidade. É um exemplo de como funciona a democracia representativa.

Esta semana, o legislativo de Campinas, anunciou mais uma reforma, no valor de R$ 620 mil (valor inicial) para mudar o plenário e colocar vidros para separar o público.

Além das reformas intermináveis na Câmara, na semana passada, o presidente da Câmara Rafael Zimbaldi (PP), anunciou a liberação da contratação de 99 cargos de confiança para os vereadores.

Nesta mesma semana, um protesto em frente ao hospital municipal Mário Gatti fez um alerta para crise no setor da saúde de Campinas, inclusive com falta de medicamentos. No hospital Ouro Verde, residentes entraram em greve há poucos dias. O governo Jonas Donizette (PSB) está pagando os salários dos funcionários públicos parcelados e a prefeitura cortou até o transporte de crianças deficientes para economizar recursos.

Já na Câmara, a fartura não tem fim. Em julho, foram iniciadas obras de remodelação do estacionamento. A Câmara, veja só, programou a retirada os paralelepípedos do pátio, que é um excelente piso, além de ecológico, e substituiu por piso intertravado.

No mesmo período também fez obras do andar térreo da Câmara. Os gabinetes de 1 a 18 tiveram piso trocado e foram pintados, bem como troca de fiação para os alto-falantes que tocam a rádio interna da casa. Também passaram pela reforma as áreas comuns, a sala de segurança (que foi ampliada) e a recepção da Avenida da Saudade, que será reaberta no início de agosto com um novo layout.

As obras da biblioteca, que incluíram reforma completa do teto do prédio estavam programada para terminar em agosto. E tem mais…

Até o final deste ano de 2017, as obras devem continuar consumindo os recursos da população de Campinas. Uma segunda etapa inclui reforma dos gabinetes do primeiro andar, a revisão do telhado do prédio da Câmara e do Plenário, bem como a troca de pisos e reforma do terceiro andar.

Haverá ainda troca de piso do outro pátio de estacionamento que hoje tem piso de paralelepípedos , uma pequena reforma na concha acústica da Câmara e a criação de um novo acesso para pedestres na Avenida da Saudade. Para o futuro está prevista ainda uma reforma da fiação elétrica da Casa. Ao todo, custos só de reformas devem passar de R$ 6 milhões, previsões de 2 anos atrás, quando se começou falar nessas reformas.