O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), do mesmo partido de Michel Temer e Eduardo Cunha, se apressou na noite desta quarta-feira, 2, em emitir uma nota a favor da votação que coroou a corrupção no Brasil.

Logo após a votação que impediu a investigação contra Michel Temer, Paulo Skaf, assinou a nota tentando colocar um tapete em cima das malas de Temer. As malas de dinheiro endereçadas a Michel Temer foram delatadas por Joesley Batista e filmadas pela Polícia Federal.

O presidente da Fiesp apoiou o golpe parlamentar de 2016, liderado pelo presidiário e ex-deputado, Eduardo Cunha, mesmo sem crime de responsabilidade da ex-presidente. Agora, diz em nota o óbvio: “A Câmara dos Deputados tomou hoje sua decisão soberana”.

Soberana e imoral, para todos os brasileiros.

O interesse de Skaf pode ir muito mais além do que o que diz na nota da Fiesp, que mais parece uma nota de 60 reais.

De acordo com a delação do executivo Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira Odebrecht, em relato ao Ministério Público Federal (MPF), o presidente Michel Temer pediu, em 2014, R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht. “Do total de R$ 10 milhões prometido por Marcelo Odebrecht em atendimento ao pedido de Michel Temer, Eliseu Padilha ficou responsável por receber e alocar R$ 4 milhões. Compreendi que os outros R$ 6 milhões, por decisão de Marcelo Odebrecht, seriam alocados para o Sr. Paulo Skaf”, diz o delator.

A decisão de apoiar o golpe parlamentar de 2016 também custou caro à indústria brasileira. Veja algumas notícias:

É hora de construir

A Câmara dos Deputados tomou hoje sua decisão soberana sobre a denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República contra o presidente Michel Temer. Ela cumpriu sua missão constitucional, dentro das regras do Estado de Direito Democrático.

Com isso, o Brasil supera mais uma etapa da crise que tanto sofrimento vem trazendo aos brasileiros e pode trabalhar para construir o futuro. Os sinais de recuperação da economia que já começamos a ver no horizonte precisam se fortalecer e se multiplicar.

O governo deve agora empenhar todo o seu esforço na retomada do crescimento, com geração de emprego e renda, sem aumento de impostos ou medidas que sacrifiquem ainda mais a sociedade.

A Fiesp tem estado ao lado do Brasil em todos os momentos importantes e continuará lutando por um país mais próspero, desenvolvido e justo para todos os brasileiros.

Paulo Skaf
Presidente da Fiesp e do Ciesp

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)