O presidente do Conselho de Ética no Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou nesta sexta-feira 23 ter arquivado o pedido de cassação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

Diante de tantas provas e gravações, o arquivamento é uma espécie de vandalismo político. E mostra que a democracia representativa está morta no Brasil.

O pedido foi feito pela Rede e pelo PSOL após a delação da JBS, que atinge diretamente o tucano. Aécio foi flagrado em um telefonema gravado por Joesley Batista pedindo R$ 2 milhões ao empresário. Parte do dinheiro (R$ 500 mil) foi entregue ao seu primo, Frederico Pacheco, que chegou a ser preso, mas passou a cumprir prisão domiciliar nesta semana.

“As provas contra Aécio Neves são contundentes, robustas, filmadas, grampeadas, documentadas, com direito a chip nas notas do dinheiro da corrupção… Deveria ter sido preso  em flagrante”, diz o historiado Carlos D’incao.

“Decidi arquivar porque não achei elementos convincentes para processar o senador”, justificou o presidente do colegiado, segundo o G1. “Me parece que fizeram uma grande armação contra o senador Aécio”, acrescentou. (247/Carta Campinas)