O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), criou nesta segunda-feira, 12, um factoide para tentar camuflar o ataque que a própria prefeitura vai fazer ao meio ambiente com o novo projeto de Plano Diretor da cidade.

Em evento na prefeitura, Donizette sancionou a lei que regulamenta o Plano Municipal de Educação Ambiental (PMEA), assinou o decreto que cria a Central de Inteligência da Cidade Sustentável e também encaminhou para a Câmara Municipal um projeto de lei que cria a Política Municipal de Meio Ambiente. Muito bonito no discurso, mas a prática é bem diferente.

Essa contradição está presente na  proposta de Plano Diretor. Ao mesmo tempo em que faz um discurso de que é necessário preservar o meio ambiente, o Plano Diretor permite legalmente o avanço sobre grandes áreas verdes do município. Essa contradição ficou exposta em artigo de André Bordignon, onde mostrou que as chamadas macrozonas nada mais são do que o aumento disfarçado do perímetro urbano. (veja link) 

A expansão urbana também traz problemas para a construção de conjuntos habitacionais de baixa renda e gera aumento do custo para toda a população, como observou a urbanista Eleusina Freitas.(Veja Link)

A proposta da prefeitura com o novo plano Diretor também deve agradar as grandes empreiteiras do ramo imobiliário. (Veja neste Link).

O caso de Barão Geraldo é um exemplo. A proposta da Prefeitura duplica a área urbana do distrito e avança de forma intensa sobre a zona rural.(Veja neste link).

Com a resistência crescente em relação ao Plano Diretor, a Prefeitura tenta criar um ambiente propício para a aprovação.