A empresa multinacional Mexichem-Amanco soltou uma nota sobre a greve dos funcionários da unidade de Sumaré, região de Campinas (SP).

De acordo com a nota, a empresa solicitou presença policial “para garantir o direito constitucional de ir e vir e a preservação da integridade física dos seus colaboradores”.

A greve na Mexichem-Amanco começou no último dia 2 de maio. Após uma semana de greve, a empresa chamou a polícia e cerca de 10 viaturas se deslocaram para a porta da unidade de Sumaré.

Para os grevistas, não parece cabível uma empresa privada tentar “garantir” o direito de ir e vir em uma via pública, muito menos usar aparato do estado, mantido com recursos da população, para garantir o direito de ir e vir entre a via pública e um espaço privado. Espaço privado este que só permite a entrada de pessoas autorizadas.

Veja a nota:

São Paulo, maio de 2017.

Nota à imprensa

A Mexichem Brasil esclarece que solicitou ao 48º BPMI de Sumaré a presença policial na entrada da sua unidade fabril de Sumaré para garantir o direito constitucional de ir e vir e a preservação da integridade física dos seus colaboradores.

A empresa reforça que está cumprindo o que foi acordado na Convenção Coletiva de Trabalho vigente, assinada em 03/05/2017, entre o Sindicato das Indústrias e o Sindicato dos Trabalhadores Químicos Unificados de Campinas.

A Mexichem Brasil destaca que utilizou de todos os meios possíveis para garantir uma negociação tranquila, por meio de um diálogo construtivo, que nos últimos anos propiciou acordos coletivos de trabalho pautados em melhorias aos colaboradores e, ao mesmo tempo, condizentes com as possibilidades econômicas da empresa. Desta forma, a companhia reitera que não há razão para qualquer movimento grevista. Assim, a Mexichem Brasil informa que está utilizando as medidas legais e judiciais cabíveis para julgamento da greve

Atenciosamente,

Mexichem Brasil.