Neste mês de maio, o Cine CPFL apresenta dentro da Mostra Cinema e Reflexão filmes que abordam a temática da violência no Instituto CPFL.

A programação “Cinema e Reflexão” exibe filmes organizados em módulos temáticos mensais. O objetivo é discutir questões contemporâneas como gênero, violência, mulheres, infância e juventude, drogas e tecnologia, entre outras. Ao final de cada ciclo temático, especialistas conversam com o público sobre questões levantadas pelos filmes.  O projeto também apresenta a “sessão do realizador”, na qual um título inédito é projetado mensalmente com presença de um representante da obra, como seu diretor, ator, produtor etc.

Dentro do ciclo, acontece no próximo dia 17 de maio, quarta-feira, às 19h, a Sessão do Realizador com a pré-estreia, com presença do diretor Pedro Marques e do crítico Jean-Claude Bernardet, do filme A destruição de Bernardet (Brasil, 2016, 72 min, 12 anos), de Cláudia Priscilla e Pedro Marques.

Jean-Claude Bernardet, o maior crítico de cinema vivo do Brasil, se reinventa através da sua própria destruição. O filme, que transita entre a ficção e o documentário, utiliza dispositivos inusitados para acionar a memória da personagem e narrar a trajetória de um intelectual que se transforma em ator aos 70 anos. Não se trata de uma biografia convencional e sim de um projeto construído com o próprio personagem ao longo da filmagem.

Um ensaio sobre a apropriação do próprio corpo na velhice. Com participação dos cineastas Cristiano Burlan e Tata Amaral. Selecionado para os festivais de Locarno e de Brasília.

Veja abaixo mais detalhes da programação da mostra “Cinema e Reflexão” com a temática “violência” que tem entrada gratuita (com retirada de ingressos 1 hora antes das sessões, dois ingressos por pessoa).

18/05 | qui| 19h
Sem Pena, de Eugênio Puppo
(Brasil, 2014, 87 min, 12 anos)
A população carcerária brasileira é uma das maiores do mundo e continua crescendo. No filme, detentos, juízes e filósofos falam sobre a sua visão da prisão e suas experiências com o tema, revelando medos, preconceitos e equívocos. Vencedor do prêmio do público no Festival de Brasília; melhor documentário segundo a crítica no Festival Sesc Melhores Filmes; melhor filme, melhor direção e melhor fotografia no Guarnicê Festival de Cinema; menção honrosa no FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa.

24/05 | qua | 19h
Branco Sai, Preto Fica, de Adirley Queirós
(Brasil, 2014, 93 min, 12 anos)
Com Marquim do Tropa, Shockito, Dilmar Durães e Gleide Firmino. Tiros em um baile de música black na periferia de Brasília ferem dois homens, que ficam marcados para sempre. Um terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva. Vencedor dos prêmios de melhor filme, melhor ator, melhor direção de arte, Prêmio Canal Brasil, prêmio da crítica e Prêmio São Saruê da Federação de Cineclubes no Festival de Brasília; selecionado para o Festival de Roterdã; melhor filme no Festival de Mar del Plata; melhor filme no Festival do Uruguai; prêmio especial do júri no Festival de Cartagena de Índias; menção honrosa no Festival Unam (México); melhor filme, melhor ator, melhor montagem, melhor captação de som e melhor edição de som na Mostra Brasília do Festival de Brasília.

25/05 | qui | 19h
Cidade de Deus, de Fernando Meirelles – baseado no livro de Paulo Lins
(Brasil, 2002, 130 min, 16 anos)
Com Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Douglas Silva, Seu Jorge e Alice Braga. Passado na Cidade de Deus, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, por muito tempo, considerado uma das regiões mais perigosas da cidade. Conta a história de um garoto chamado Buscapé desde sua infância, nos anos 1960, até o final dos anos 1970, dando uma ideia da criação das favelas, da origem do tráfico de drogas e de sua relação no dia a dia dos moradores. Indicado aos prêmios Oscar© nas categorias de melhor direção, melhor roteiro adaptado, melhor montagem e melhor fotografia; selecionado para o Festival de Cannes; vencedor dos prêmios de melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor som e melhor montagem no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; melhor montagem nos prêmios BAFTA; melhor filme e melhor direção no Festival de Cartagena; prêmio do público no Festival de Guadalajara; melhor ator, melhor fotografia, melhor montagem, prêmio da crítica internacional e prêmio da crítica cubana no Festival de Havana; melhor direção no Festival de Marrakech; melhor filme de língua estrangeira pela Associação dos Críticos Cinematográficos de Nova York.

Sessão Debate: com presença do escritor Paulo Lins e do cineasta Kiko Goifman
31/05 | qua |19h
Atos dos Homens, de Kiko Goifman
(Brasil, 2006, 76 min, 14 anos)
O que seria um documentário sobre sobreviventes de vários massacres no Brasil se transformou em um raio X da violência na Baixada Fluminense (RJ). Em 31 de março de 2005, um mês antes do início das filmagens, um massacre nas cidades de Nova Iguaçu e Queimados mudaria profundamente o argumento do projeto. A realidade tão próxima fez com que o foco fosse direcionado ao cotidiano dos moradores daquela região: a profunda desigualdade social e a banalização da morte, que se transforma num modo corriqueiro de resolução de conflitos. São abordados ainda o extermínio, os matadores e o desejo de viver dos moradores da Baixada Fluminense. Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival dos Três Continentes de Nantes (França); selecionado para o Festival de Berlim.