Por Luís Fernando Praga

Um triste recanto no canto do mapa é a terra mais linda onde não se vê nada. Igrejas impõem a palavra no tapa, a fé é vendida e a criança já entra na escola vendada.

A mídia aliena, engana e encobre, prefere o perfil de quem perde nas urnas, um terço pra ele, um terço pra Furnas… Se fundam fortunas na fome dos pobres.

A globo nomeia o vilão favorito, execra um humano e passa novela, mentira e esporte, a regra do jogo é a lei do mais forte, o juiz é tirano e é o dono do apito, um monstro é o mito e qualquer troglodita é o homem do ano.

Cantando a justiça, com ódio e cobiça, ovelhas cativas parecem cães bravos caçando os amigos na volta da missa, se achando os senhores, também são usados, fodidos, coitados, escravos doutores.

A dor é certeza, a saúde é por sorte, a cultura é burguesa, o povo é dormente e o que sobra na mesa é um olhar inocente, é trabalho, é tristeza e a morte é o trato no prato da gente.

Se usa e abusa, viver é um castigo, por lá o dinheiro é o deus mais antigo, quem manda é o temer, os U.S.A. e os egos e ver é um perigo na Terra dos Cegos.