No próximo sábado, 1º de abril, às 16h, o público poderá assistir no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, ao filme Ardil 22, de Mike Nichols, baseado no romance homônimo de Joseph Heller, como parte da programação do Ciclo Cinema & Literatura, que tem curadoria do crítico de cinema e jornalista Ricardo Pereira.

Ardil 22 é um poderoso libelo anti-belicista que usa de forma conveniente as armas do absurdo e do humor negro para demolir a insanidade da guerra. O filme é de 1970, quando seu tema andava na ordem do dia da contracultura norte-americana. Se é verdade que os Estados Unidos nunca deixaram de se envolver em conflitos, desde o século XIX, é fato que na passagem da década de 60 para a de 70, o apoio do público interno à Guerra do Vietnã era bem baixo. Essas intervenções militares ficavam mais visíveis e sob o crivo da crítica. É nesse quadro que a obra de Nichols, adaptada do livro de Joseph Heller, deve ser entendida. Direção de Mike Nichols. Com Alan Arkin, Martin Balsam, Richard Benjamin, Orson Welles, Art Garfunkel, Jon Voight, Anthony Perkins, Martin Sheen e Buck Henry. EUA, 1970. Colorido, 121 min.

O livro, publicado em 1961, uma frenética sátira de Joseph Heller sobre a loucura da guerra e os excessos da burocracia, é tida hoje como um clássico cult. Conta a história do capitão Joseph Yossarian, tripulante de um bombardeiro americano baseado na ilha de Pianosa, no Mediterrâneo, durante a II Segunda Guerra Mundial. Alheio a ideais patrióticos ou noções abstratas de dever, Yossarian interpreta a guerra como um ataque pessoal, convencido de que as Forças Armadas estão tentando deliberadamente enviá-lo para a morte precoce. Romance de Joseph Heller (1923-1999). Publicado em 1961.

A exibição é gratuita e seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Local:
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro