Uma parceria entre coletivos de mulheres de Campinas e o Ceamo (Centro de Referência de Apoio à Mulher) produziu cartazes para enfrentar a violência contra a mulher e o feminicídio (assassinato de mulheres causado principalmente pelo machismo).

Na virada do ano para 2017, Campinas viveu uma das maiores tragédias contra as mulheres. Sidnei Ramis de Araújo matou 9 mulheres em uma chacina que vitimou 12 pessoas.  Mesmo após dois meses da tragédia, a Câmara de Campinas vai homenagear às mulheres no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, esquecendo da chacina e da violência de gênero.

Segundo os coletivos, a violência contra as mulheres é uma situação endêmica no Brasil e tem dados alarmantes: 13 feminicídios por dia, 11 estupros por minuto, 5 denúncias de violência doméstica por hora e 1 morte de pessoa LGBT a cada 28 horas.

Os números evidenciam a necessidade urgente de conscientização e educação para transformação desta cultura de violência, objetificação e subordinação das mulheres e pessoas que se afastam de normas absurdas construídas pra nos enquadrar e silenciar.

A proposta foi realizada com uma parceria entre Coletiva das Vadias e Nóisfloresce (coletivo das grafiteiras SUrbana, Nus, Fresz, Thata, Miss e AnaC.). Os cartazes deverão estar presentes em ônibus da cidade também no mês de março.