No próximo sábado, 11 de fevereiro, a partir das 16h30, acontece na Estação Cultura a primeira edição da Estação das Artes Visuais de 2017. O evento é fruto da parceria entre a Coordenadoria da Estação Cultura, a Rede Usina Geradora, Ateliê da Estação e Ateliê Aquastre, representado pelo artista João Bosco.

A primeira edição trará três exposições com linguagens diferentes e técnicas variadas. No saguão principal, o público poderá ver 25 objetos em metal, nas dimensões que variam de 0,70cm a 2,5m do artista New, que desenvolve seu trabalho a partir de sucata. Ele esculpe de forma minuciosa animais míticos, peixes e aves a partir de materiais coletados no ferro-velho, elementos que foram jogados no lixo e que, em suas mãos, viram artigos de arte.

Nas salas 8 e 9, as artistas Maria A. S. Vieira e Eni Ilis investigam o mundo, a concepção de realidade e a relação entre a humanidade e o cosmo através das suas mostras. “Mandalas” é o título e fonte de inspiração do trabalho de Maria A. S. Vieira que apresenta uma instalação com 13 mandalas em dimensões diversas e técnicas mistas envolvendo reciclagem.

Mandala é uma palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. A mandala enquanto concentração de energia é o símbolo da integração e da harmonia. Pode ser usada na decoração como instrumento de restabelecimento da energia e harmonia do ambiente e em processos transpessoais. Sua contemplação pode inspirar a serenidade e ajudar a reencontrar um sentido e ordem na vida. Para a artista, “toda Mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade símbolo da totalidade, da integração e da harmonia.” E completa: “As Mandalas que faço são inspiradas em símbolos radiônicos e esotéricos, têm como base o hexágono, símbolo do perfeito equilíbrio. Entre os símbolos inseridos, há uma ênfase na espiral áurea e também em símbolos do infinito, corações, flor de lis, semente ou flor da vida.”

Eni Ilis traz a mostra “Geografias Internas” com 15 desenhos de esferográfica sobre papel, a artista é autodidata e atua no movimento de arte-postal. Eni mostra a força do traço pela delicadeza e domínio da técnica que flui intensa e forte em um desenho que demonstra a sua segurança ao fazer. Seu desenho corre sem hesitar e se por acaso se retém, é apenas para demonstrar de forma mais incisiva o que já se sabe. Uma espécie de parada para reforçar o que se quer afirmar, como quem diz: “ei, é isto mesmo que você está vendo”. As linhas de Eni são provocantes e conduzem para dentro de seu universo onírico, mitológico, fabuloso, aproximando-se do surreal. Sua obra constrói uma realidade suspensa que questiona a realidade.

O desenho pode ser entendido como um canal ou meio para a construção de uma possível realidade às vezes utópica, mas que pode gerar conhecimento e transformar o mundo real. O trabalho de Eni fala sobre o mundo, mesmo quando discute algo íntimo, pessoal. É possível encontrar características humanas, dores, medos, amores, alegrias, tristezas, uma infinidade de sentimentos e sensações. Ainda que a artista recorra apenas ao seu universo pessoal, quando fala de si acaba por falar com todos. Portanto, seu desenho se torna um exercício de meditação e introspecção coletiva.

A Estação das Artes Visuais poderá ser vista até o dia 25 de março. A entrada é gratuita. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Estação das Artes Visuais
Exposições
“ NEW”- New
“MANDALAS “ – Maria A. S. Vieira
“GEOGRAFIAS INTERNAS ” -Eni Ilis
Abertura: 11/02 às 16h30
De 11/02 a 25/03
De segunda a sábado das 8h às 22h, domingo das 9h às 20h
Local: Estação Cultura
Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n – Campinas
Estacionamento gratuito com entrada pela Rua Francisco Teodoro, 1050 – Vila Industrial
Entrada gratuita