Por Susiana Drapeau

Os coxinhas que saíram de camisa amarela pelas ruas em defesa de Eduardo Cunha, da intervenção militar, e da merda toda que virou o país com Temer, apareceram.

Estavam quietos, mas resolveram aparecer no enterro de Marisa. Estavam com fome.

Ficaram ali, na tela do computador, da TV como abutres esperando a hora de dar uma bicada no olho de Lula no meio do luto. Se o coxinha não respeita nem o Luto, imagina o que significa o outro. 

É uma pena, mas não se pode fazer quase nada contra a ignorância.

A homenagem de Lula à esposa Marisa foi uma das coisas mais belas porque foi a homenagem de um companheiro, não de um marido.

E isso deve dar muito ódio.

Não foi uma homenagem para a “mulher do Lula”, mas para a companheira Marisa.

Lula lavou a alma de Marisa, apontou para aqueles que a levaram à morte.

E isso dá um ódio.

Os coxinhas não sabem o que Marisa foi para Lula, a metade de suas vitórias e conquistas.

Eles vestem a camisa do CBF, fodem com a democracia, fodem com todo mundo, e vão para o enterro de Marisa Letícia. O coxinha é uma Suzane von Richthofen da política.

Os coxinhas são o privado no ambiente público.

O superego é fraco ou inexiste.

Aliás, misturar o privado com o público é o máximo do coxinismo.

O coxinha não sabe o que é luta, mas conhece bem o que é privilégio, boquinha.

Aliás, boquinha não. Boquinha era o PT. O coxinha é bocão. Ele quer tudo para ele.

O coxinha não quer 3% de propina porque é coisa de pobre, do PT, o coxinha quer um terço.

O coxinha nunca vai entender o que é companheira, mas sabe bem o que é “mulher do”.

Afinal, o coxinha gosta é de propriedade.