Os protestos de servidores estaduais e manifestantes contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), que está em discussão na Assembleia Legislativa do estado, deixaram saldo de destruição no centro da cidade, próximo à Alerj, além de sete pessoas feridas: seis policiais e um jovem de 18 anos.

Na região central do Rio, também foram incendiadas duas agências bancárias em ruas próximas ao Palácio Tiradentes. A Polícia Militar informou que reprimiu a ação com armamento de baixa letalidade para preservar a integridade dos policiais militares e restabelecer a ordem no local.

A Polícia Militar (PM) afirmou que apreendeu uma grande quantidade de rojões atirados por manifestantes contra os militares, dos quais seis ficaram feridos. Todos foram encaminhados ao Hospital Central da Polícia Militar, onde foram socorridos e passam bem. Em resposta, a PM usou balas de borracha e spray de pimenta.

Um estudante de 18 anos levou um tiro de bala de borracha da PM no abdômen. Ele teve que ser operado às pressas no Hospital Municipal Souza Aguiar na noite de ontem (9). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o jovem está bem, e seu estado de saúde é estável.

Cedae

A aprovação do Projeto de Lei 2.345/17, que autoriza a venda da Cedae à iniciativa privada, é condição da União para assinar um plano de recuperação com o estado do Rio e servirá de garantia para a concessão de um empréstimo de R$ 3,5 bilhões.

Contrários à aprovação, servidores estaduais se manifestam desde a última terça-feira (7). Ontem ((9), por volta das 15h40, alguns manifestantes mascarados entraram em confronto com a Polícia Militar. O grupo atirou rojões, pedras e coquetéis molotov nos policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo, tiros de balas de borracha e spray de pimenta. (Agência Brasil; edição Carta Campinas)