O Poli Bentinho e o Ipep (Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa), empresas do mesmo grupo que atuam em Campinas na Educação Básica e Superior, demitiram no final do ano passado, cerca de 20% de seu corpo docente. Segundo o Sindicato do Professores de São Paulo (Sinpro-Campinas), a maioria dos professores não teve quitação das verbas rescisórias. “Nem mesmo FGTS e multa de 40% foram quitados”, anotou o sindicato.

Segundo o Sinpro, os professores estão sendo desligados irregularmente (sem a quitação dos haveres rescisórios) e a resposta dos representantes das escolas, durante as homologações, é que se quiserem receber, que entrem na Justiça.

A diretoria do Sinpro Campinas e Região, com o objetivo de minimizar as perdas dos professores e professoras demitidos, determinou que as homologações das rescisões de contrato de trabalho sejam feitas, com ressalvas de todos os direitos que deixaram de ser pagos, para que se possa, imediatamente, cobrá-las judicialmente. Dessa forma, os professores poderão ter acesso ao Seguro Desemprego e também sacar o Fundo de Garantia existente em cada conta.

“Nós entendemos que o caminho vai ser a ação trabalhista, mas neste momento é mais importante garantir que quem foi demitido, sem receber nenhuma verba, possa contar com o FGTS”, explicou a diretora do Departamento Jurídico do Sinpro, Marilda Ribeiro Lemos.

Até agora o Grupo agendou homologações de 25 professores e professoras, alguns com 20 anos de contrato ininterrupto no Poli Bentinho. De acordo com Sinpro Campinas, ao longo dos anos, o sindicato tem ingressado com diferentes ações na Justiça do Trabalho contra o Colégio Bento Quirino/ Ipep pelas mais variadas formas de descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho, pelo não pagamento da PLR, atraso no pagamento dos salários, das férias e 1/3 e do 13º salário. Naquelas já transitadas em julgado, a Justiça tem invariavelmente dado sentenças favoráveis aos professores. (Carta Campinas com informações de divulgação)