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Jaques Morelenbaum

O Sesc Campinas recebe entre os dias 22 de novembro e 4 de dezembro, o Festival Sesc de Música de Câmara que, em sua segunda edição, chega pela primeira vez à Unidade com quatro concertos, sendo dois internacionais e dois nacionais.

Entre as apresentações internacionais, o Trio Apaches da Grã-Bretanha, apresenta no dia 26/11 seus pianos híbridos em obras de Magnus Lindberg, Arno Babajanian e Claude Debussy, além de outras já consagradas em repertório de contextos inusitados. No dia 04/12 quem se apresenta é o Giocoso String Quartet que reúne integrantes da Alemanha, Romênia e Holanda. O jovem conjunto austríaco interpreta, num programa que enfatiza a ideia do quarteto de cordas como alicerce da música de câmara, nomes importantes do gênero como Mozart e Bartók, mas também Hugo Wolf, compositor raramente ouvido nos concertos brasileiros.

As apresentações nacionais ficam a cargo de dois duos brasileiros. O primeiro dele é GisBranco, formado pelas pianistas, compositoras e cantoras Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco, que interpretam músicas de Moacir Santos, Chico César, Egberto Gismonti Hermeto Pascoal, Astor Piazzolla, além de composições autorais. Na ocasião, o violoncelista, arranjador, maestro, produtor musical e compositor brasileiro Jaques Morelenbaum fará uma participação especial no show, dia 27.

Já Celina Szrvinsk & Miguel Rosselini, que se apresentam no dia 3/12, são reconhecidos como um dos mais importantes duos pianísticos do país, já tendo se apresentado nas principais séries e salas de concerto do Brasil. No repertório, a Sonata Kv.521 em Dó Maior, de Mozart, e duas obras de inspiração espanhola.

Realizado pelo Sesc São Paulo no período de 22 de novembro a 04 de dezembro de 2016, o Festival Sesc de Música de Câmara reúne, em duas semanas de programação, 12 conjuntos convidados (cinco nacionais e sete internacionais – a maioria inéditos no país) em 47 concertos que acontecem em 11 unidades do Sesc, entre capital, interior e litoral –Bom Retiro, Centro de Pesquisa e Formação, Consolação, Santana, Santo André, Vila Mariana, Araraquara, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Santos, além do Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera e da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, no centro de São Paulo.

Apresentando-se em outras cidades estão os também internacionais L’Arpeggiata (FRA), criado no ano 2000 por Christina Pluhar, o Vox Luminis (BEL), formado em 2004 e especializado na música vocal do século XVI ao XVIII, o Imani Winds (EUA), dedicado à expansão do repertório contemporâneo para sopros, o Trio Appassionata (BRA/ESP/EUA), híbrido na origem de seus componentes, traz o brasileiro Ronaldo Rolim – natural de Votorantim, que já conquistou mais de 30 prêmios em concursos no Brasil e em todo o mundo – além da americana Lydia Chernicoff e da espanhola Andrea Casarrubios e o Pera Ensemble (ALE/TUR), com repertório dedicado à música antiga, formado por músicos turcos e europeus. Mais três grupos complementam a programação brasileira do Festival: a Camerata Ilumina, Sujeito a Guincho, e o Coral Jovem do Estado de São Paulo.

Quatro recortes temáticos constituem um ponto de partida sugerido, que pode ajudar na orientação do espectador quanto à escolha de seu roteiro de concertos e fruição: Música Antiga, Formações Clássicas, Piano e Quinteto de Sopros. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Programação

Trio Apaches (GBR)
26 de novembro – 20h
Duração: 70 Minutos Recomendação: 12 anos Ingressos: R$30 | R$15 | R$9

Integrado por Matthew Trusler, Thomas Carroll e Ashley Wass, o Trio Apaches formou-se oficialmente em 2012, quando os três músicos se encontraram mais uma vez, durante o Festival Internacional de Música de Câmara de Lincolnshire. O trabalho foi tão produtivo e inspirador que resolveram formalizar a parceria. Em comum, esses experientes e respeitados solistas da Grã-Bretanha tinham o desejo de centrar-se em projetos inovadores e colaborações em gênero híbrido, assim como apresentar obras consagradas do repertório para trio com piano em contextos inusitados. O nome do Trio remete a um grupo inovador e muitas vezes controverso de artistas que vivia em Paris por volta de 1900. Os “Apaches” daquela época incluíam os compositores Ravel, Stravinsky e Manuel de Falla, bem como pintores, poetas e críticos de música. Para o Festival Sesc de Música de Câmara, o conjunto de músicos executa obras de Magnus Lindberg, Arno Babajanian e Claude Debussy.

GisBranco + Morelenbaum (BRA)
27 de novembro – 18h
Duração: 60 Minutos Recomendação: 12 anos Ingressos: R$30 | R$15 | R$9

O Duo GisBranco é formado por duas pianistas, compositoras e cantoras que trazem em sua trajetória uma afinidade musical rara. Com um repertório único para dois pianos, Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco desenvolvem um trabalho no qual exploram ao máximo a sonoridade do instrumento. Para o repertório escolhido para o Festival Sesc de Música de Câmara, Jacques Morelenbaum é o convidado especial no violoncelo. O concerto alterna músicas de dois mestres, começando com as Bachianas Brasileiras n.4, de Villa-Lobos, o programa ainda traz outras duas peças bastante conhecidas: o Choros n. 5 – Alma brasileira e ária das Bachianas Brasileiras n.5. De Egberto Gismonti, ouviremos primeiro Maracatu, peça original para piano na qual o compositor recria a variedade e riqueza rítmica de um gênero popular brasileiro. Depois, na sequência, Forrobodó, A Fala da Paixão, O Sol que move o céu e as estrelas e Sete Anéis. Encerrando o concerto, uma lembrança de sua cidade natal: Festa no Carmo.

Celina Szrvinsk & Miguel Rosselini (BRA)
03/12 – 20h
Duração: 70 Minutos Recomendação: 12 anos Ingressos: R$30 | R$15 | R$9

O duo pianístico de Celina Szrvinsk & Miguel Rosselini é reconhecido como um dos mais importantes do país, com apresentações nas principais séries e salas de concerto do Brasil. No exterior, já se apresentaram na Alemanha, Suíça, Itália, Canadá, Rússia e Japão. O repertório apresentado começa com A Sonata Kv.521 em Dó Maior, de Mozart, e segue com duas obras de inspiração espanhola: Rapsódia Espanhola, considerada primeira obra-prima orquestral de Maurice Ravel e a ópera A Vida Breve, de Manuel de Falla. O concerto se encerra com três das Danças Húngaras de Johannes Brahms, nas quais ele se inspira nas melodias e estilos da música cigana húngara. Embora as peças sejam popularíssimas em sua versão orquestral, a versão original é igualmente a que ouviremos neste concerto, para piano a quatro mãos.

Giocoso String Quartet (AUT)
04 de dezembro – 18h
Duração: 70 Minutos Recomendação: 12 anos Ingressos: R$30 | R$15 | R$9 Giocoso em italiano quer dizer lúdico, jocoso, divertido. O termo também é utilizado em música, indicando um andamento ou peça alegre ou bem-humorado. Daí podemos depreender o espírito por trás do Quarteto Giocoso. Formado por cidadãos alemães, romenos e holandeses, o Giocoso é um conjunto jovem que tem se destacado na cena internacional e conquistado prêmios de música de câmara como o Alban Berg, o Prêmio Krenek e o Prêmio HSBC do Festival Aix-en-Provence. O jovem conjunto austríaco interpreta, num programa que enfatiza a ideia do quarteto de cordas como alicerce da música de câmara, gigantes do gênero, como Mozart e Bartók, mas também Hugo Wolf, compositor raramente ouvido nos concertos brasileiros.

Sesc Campinas
R. Dom José I, 270/333, Bonfim, SP, 13070-741
Telefone: (19) 3737-1500
Lotação do teatro: 155 lugares