printe jornal francesO jornal Le Monde publicou na quarta-feira (13) o manifesto assinado por 28 deputados e senadores franceses condenando o golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff.

Nos Estados Unidos, um deputado democrata foi até a tribuna do Congresso para denunciar a farsa do impeachment e pedir respeito à democracia.(Veja vídeo abaixo)

Com o título “Dilma, vítima de uma manobra parlamentar baixa”, o manifesto dos parlamentares franceses afirmam que os derrotados nas eleições tomaram o poder sem legitimidade popular, com o objetivo de instituir seu programa de governo, largamente rejeitado pelas urnas.

Segundo o documento, trata-se de um golpe de estado institucional, que visa a destruir todas as reformas sociais de 13 anos de governos da esquerda, e lembra também que Dilma não está envolvida em nenhum escândalo de corrupção, ao contrário do que acontece com ministros e ex-ministros do governo de Michel Temer.

Os parlamentares franceses também acusam o envolvimento da grande mídia brasileira na crise institucional, a mesma que apoiou o golpe civil-militar de 1964. Eles convocam, ainda, o governo francês e a comunidade internacional a se manifestarem em repúdio ao golpe em andamento no maior país da América Latina.

EUA
Também na quarta-feira, a farsa do impeachment foi destaque no Congresso norte-americano. O deputado democrata Allan Grayson, representante do estado da Flórida, defendeu Dilma e denunciou os ataques à democracia brasileira.

Em pronunciamento na tribuna do Congresso, Grayson denunciou a participação da mídia conservadora brasileira, que ajudou membros da oposição de direita a impulsionar o processo de impeachment.

O democrata disse que o governo interino mina a democracia, através de políticas opostas às votadas pela maioria da população nas urnas, com cortes em programas sociais e em áreas como Educação, Saúde e Habitação. “Essas eram coisas que o povo brasileiro queria”, lembrou Grayson.

Ele alertou também que, em todo o mundo, direitistas estão tentando negar às forças democráticas seu poder legítimo e frisou: “Democracia importa”. (Da RBA)