sinterc fotoOs procuradores e o juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, parecem estar sem pressa para dar a outros acusados um tratamento igualitário ao que deu a pessoas ligadas ao Partidos dos Trabalhadores nas investigações.

Desde o dia 15 de março, há 35 dias,  o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, decidiu enviar para Moro as suspeitas do envolvimento da jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e da filha dele, Danielle Cunha, com as supostas irregularidades investigadas no inquérito sobre contas secretas na Suíça em nome do casal.

Moro dormiu no ponto por uma semana os advogados da mulher e da filha de Eduardo Cunha tiveram tempo para entrarar com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. Mas no último de 30 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou o habeas corpus. Na decisão, Mello entendeu que não é possível derrubar a decisão de um colega da Corte por meio de habeas corpus.

Enquanto Moro e os procuradores pensam o que vão fazer, a mulher de Cunha foi flagrada fazendo compras em shopping do Rio de Janeiro, mas é provável que não seja com dinheiro da corrupção da Petrobras. Talvez seja por isso que os procuradores e o próprio juiz Moro sempre tenham que repetir que a investigação ‘não tem motivação política’.