Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promoveram vários bloqueios ao tráfego de veículos em vias de grande circulação na capital paulista e também em rodovias de estado, totalizando 11 pontos. Por volta das 9h25, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava apenas um em andamento com a interdição de ambos os sentidos da Avenida Giovanni Gronchi, altura do número 6.500, no bairro do Morumbi, zona sul da cidade.
Os atos foram em protesto contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “O nosso objetivo é dizer não ao golpe e defender o direito à moradia”, justificou Naidê Barreto, uma das coordenadoras do MTST, à frente do ato que durou cerca de uma hora na marginal Pinheiros, próximo à Ponte do Socorro, na zona sul.
Marginal Pinheiros bloqueio MTST
Às 8h, a CET registrou 156 km de vias com lentidão na região do centro expandido – entre as marginais Tietê e Pinheiros e a região central. De acordo com a Polícia Militar, apesar dos transtornos à população, as manifestações foram pacíficas.
As pistas da rodovia Régis Bitencourt, tanto em direção a Curitiba quanto no sentido São Paulo, ficaram interditadas por 45 minutos e foram liberadas pouco depois das 8h30. Os manifestantes tinham promovido bloqueios em dois pontos dessa estrada: na região de Embu das Artes, altura do km 279, chegando a formar fila de retenção de veículos por cinco quilômetros e também na região de Taboão da Serra.
Raposo Tavares manifestação MTST
Outra interdição ocorreu na Rodovia Anhanguera, próximo à cidade de Sumaré, no sentido interior. Segundo a concessionária do Sistema Anhanguera/Bandeirantes, essa via foi liberada por volta das 8h e chegou a registrar congestionamento por cerca de dois quilômetros.
A Rodovia Anchieta ficou interditada das 7h20 às 8h com bloqueio na altura de São Bernardo do Campo e às 8h apresentava lentidão entre os kms 26 e 23, rumo à capital paulista. Houve ainda interdição das marginais Tietê, próximo à ponte da Casa Verde, e também em várias vias da zona leste, entre elas a rua Dr. Luiz Ayres. (Agência Brasil/ Marli Moreira)
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PAÍS REFÉM
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As coisas estavam indo bem
Com a esquerda no Governo Federal
Conseguimos deixar de ser reféns
Do Fundo Monetário Internacional
Não havia desemprego significativo
E o povo de baixo poder aquisitivo
Começou a ampliar os seus limites
Pretos, pobres e demais minorias
Puderam desfrutar das alegrias
Que eram privilégios das elites.
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O Brasil despontou como exemplo
De combate às injustiças sociais
E despertou no povo o sentimento
De patriotismo como não se viu jamais
E a Justiça tornou-se eficiente
Prendendo pessoas que antigamente
Cometiam crimes sem serem punidas
E assim a esquerda provou ao País
Que para a população ser feliz
No poder ela deveria ser mantida.
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Isso provocou indignação
Nos partidos de direita
Que compondo a oposição
Tramaram a artimanha perfeita
Que simplesmente se resumia
Em paralisar a economia
Provocando o caos social
Para pôr a culpa no Governo
E para que todos pudessem sabê-lo
Contaram com a Mídia parcial.
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Tentaram de todas as maneiras
Reverter o resultado das eleições
E como alternativa derradeira
Decidiram dar um golpe sem canhões
Para colocar no trono em Brasília
Os criminosos chefes das quadrilhas
Que nos roubam desde os descobridores
Transformando o povo brasileiro
Em reféns que gritam no cativeiro:
‘Vivam os nossos sequestradores’.
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Eduardo de Paula Barreto
27/04/2016
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