pragmatismo politicoApós a vergonha jurídica causada pelo voto durante a decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu a corrupção legalizada pelo financiamento empresarial, o ministro Gilmar Mendes esteve em Campinas no final de semana em evento da Lide, organização João Dória.

O jornal Correio Popular noticiou o evento com chamada de capa, mas não noticiou que a organização de João Dória recebeu R$ 1,5 milhão do governo Geraldo Alckmin, segundo a Folha de S.Paulo.

Sem qualquer pudor, Gilmar Mendes provocou mais vergonha em um novo discurso político contra o PT (Partido dos Trabalhadores). Um discurso que acaba por alimentar o clima de fascismo no Brasil. Veja esses casos contra professores da Unicamp.

Apesar de ser um magistrado do Supremo, Mendes teria baixado a discussão para um nível rasteiro e com vários ataques ao PT. Uma das frases foi essa: “Espero que não me imputem ter matado Celso Daniel”, sobre o ex-prefeito de Santo André, assassinado em 2002. Mendes se referia a um possível processo que o PT moveria contra ele por acusações durante a votação do fim do “financiamento” empresarial.

Indicado pelo PSDB ao Supremo, Gilmar Mendes ficou conhecido por dar dois habeas corpus em menos de 48 horas a um banqueiro acusado de corrupção e ligado ao PSDB. Ele também deu um habeas corpus a Roger Abdelmassih, o médico monstro condenado a quase 300 anos de cadeia por mais de 50 estupros. Após o habeas corpus, Abdelmassih fugiu.

Na votação contra a corrupção provocada pelo financiamento empresarial, a ministra do STF, Cármen Lúcia, expôs de forma clara a posição de Gilmar Mendes. Para ela, com o “financiamento” empresarial os deputados representam algumas empresas e o eleitor vira fantoche (link). 

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