11828789_986628161399940_4110464380133654957_nNo próximo sábado, dia 15 de Agosto, às 19h30, o ciclo “Aula de Cinema”, que acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, com curadoria do crítico de cinema e jornalista Ricardo Pereira e de Gustavo Sousa, exibirá o filme “O Mensageiro do Diabo”, de Charles Laughton.

Baseado no romance curto e violento de Davis Grubb, o único filme de Charles Laughton como diretor é uma fábula passada durante a Depressão sobre psicose e fé, impressionantemente sinistra e, ainda assim, profundamente humana. O estopim é um dinheiro escondido roubado pelo bandido pobretão (Peter Graves) e confiado a seus filhos John (Billy Chaplin) e Pearl (Sally Jane Bruce), o que torna Willa (Shelley Winters), a viúva desesperada de Ben, objeto de desejo de um dos mais inesquecíveis vilões do cinema: o “reverendo” Harry Powell (Robert Mitchum). EUA, 1955. Preto e Branco, 93 min.

Envenenado com gases na Primeira Guerra, Charles Laughton (1899-1962) tentou a carreira de ator como meio de exercitar suas cordas vocais danificadas. Estreou no West End londrino em 1926, casando-se com sua companheira de palco, Elsa Lanchester, três anos depois. Sua carreira oficial no cinema começa com Picadilly (1929). Ele e Elsa foram para a Broadway em 1931 para fazer “Castigo do Céu” e filmaram-no no ano seguinte. Volta para a Grã Bretanha em 1933, para fazer o papel do rei em “Os Amores de Henry VIII” para Alexander Korda, ganhando um Oscar. Tinha uma voz hipnotizante e agradava muito ao público. Seus papéis mais conhecidos foram em “O Grande Motim” (1935), “Rembrandt” (1936), “O Corcunda de Notre Dame” (1939), “Papai é do Contra” (1954) e “Testemunha de Acusação” (1957). Laughton dirigiu um único filme, “O Mensageiro do Diabo” (1955), uma fábula gótica do bem contra o mal e uma das melhores do gênero, que entretanto não foi um sucesso de bilheteria. Seu talento como diretor, conforme seu filme sugere, permaneceu inexplorado.

A exibição é gratuita seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Local:
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro