ciclovia-paulista-pedestres-3Há alguns anos, pouca gente imaginou que a cidade de São Paulo pudesse contar com mais de 332,1 km de vias destinadas aos ciclistas, sendo 298 km de ciclovias – número atual de faixas dedicadas exclusivamente às bicicletas.

Desde janeiro de 2014, a prefeitura iniciou um projeto que constrói cerca de 10 quilômetros de ciclovias por semana, e cuja meta é chegar a 400 quilômetros até o final do mandato de Fernando Haddad (PT). O plano macro é a construção de 1.500km até 2030.

Mais do que toda a malha cicloviária que será implantada neste período, o próximo domingo (28) pode representar o início de uma nova era no que diz respeito à mobilidade urbana da cidade, com a inauguração da ciclovia da Avenida Paulista. O novo trecho de 2,7 quilômetros de extensão, construído no canteiro central, entre a Praça Oswaldo Cruz e a Avenida Angélica, significa um marco para a sociedade civil, em especial para os ciclistas. Foram anos de solicitações, ofícios, manifestações, cartas públicas, petições e muitos atropelamentos.

“Deixando de lado a questão da representatividade da Avenida Paulista, essa ciclovia tem uma importância muito grande no sentido de proteger a vida das pessoas que pedalam por lá. Historicamente, ela tem um alto índice de acidentes envolvendo ciclistas”, afirma Willian Cruz, ativista do grupo ‘Vá de Bike’.

circuito fora do eixoSegundo ele, a inauguração vai incentivar avanços na mobilidade urbana de outras cidades. “O que se faz em São Paulo, para o bem ou para mal, acaba sendo vitrine para o resto do Brasil. Esta ciclovia será comemorada em todos os cantos do País, pois é um resultado de mais de uma década de cicloativismo”, celebra.

Organizada coletivamente por meio de mobilização popular no Facebook, a festa popular de inauguração da ciclovia da Av. Paulista possui mais de 15 mil confirmados no evento oficial. O encontro acontece na Praça do Ciclista (Avenida Paulista com a Consolação), a partir das 8h, e a via será totalmente interdita para o tráfego de veículos automotivos. (Guilherme Franco/SpressoSP veja entrevista completa)