Rafael Neddermeyer FCA FPO Brasil tem 16 milhões de empresas e é bem provável que menos de 1% consiga interferir no processo eleitoral de forma a eleger seus políticos para que posteriormente seja beneficiada em políticas públicas e licitações fraudulentas.

Do seu Joaquim da padaria ao grande industrial, milhões de empresários não participam desse toma lá da cá.

São mais de 15 milhões de empresários, além de toda a população do Brasil, que ficam a ver navios e sofrem com a concorrência desleal dessa associação promíscua entre um restrito grupo de empresas e o poder.

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Nas eleições de 2014, algumas poucas empresas ajudaram a eleger mais de 70% dos deputados.  Grandes corporações financiadas com dinheiro público como JBS e Vale do Rio Doce, grandes bancos que têm interesse na política econômica de juros altos, como Itaú, Santander e Bradesco, grandes construtoras que aparecem no cartel do Metrô e da Petrobras, como OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Correia, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão, CCR e outras. Ou seja, pouco mais de 10 empresas controlam totalmente o parlamento brasileiro.

Essas empresas representam 0,00006 dos empresários brasileiros. Ou seja, é uma paróquia que domina um país de 200 milhões de habitantes e de 16 milhões de empresários.

Além dessas, há outras que acabam controlando 100% do parlamento, como refrigerantes (Ambev, Coca Cola),  de planos de Saúde, shoppings e outros. Mas são somente grandes conglomerados. Provavelmente não chega a 50 mil o número de empresas que controlam totalmente a política de estados e municípios, o que representaria apenas 0,03% das empresas do país.

Nos municípios são empresas que dependem de contratos públicos como coleta de lixo, transporte público e etc. Por isso, esses serviços são tão caros e ruins.

Nessa paróquia, em que os interesses de poucos ganham com a concorrência desleal e falcatruas, quase 100% dos empresários e 100% população pagam a conta.