Por Cida Sepulveda

Às vezes, tantas vezes, o poema me faltaAviary Photo_130718966086833607

A poesia fica apertada no peito, pede uma verdade

Uma amostra de sangue fresco, de perfume silvestre

Coisas do arco da velha, da imaginação açucarada

Eu sou tão rudimentar, meu Deus, me alivia

Desta hora, do besteirol que vaza das bocas

E me enche a cabeça de dor e frustração

 

Olho o passado, não estou mais lá

Olho o futuro, mas antes que eu o decifre

O avião cai de mil alturas nos Alpes Franceses

E o meu olhar pasma, quase morre na tela da TV

Vem a realidade, bate nos meus pés estirados

Sobre o braço do sofá arranhado de gato

Então,  penso na felicidade de viver assim

De pouco em pouco, catando grãos de felicidade

Que o mundo não me dá, que eu invento.

 

Porque felicidade é invenção, né, Mané!

26/03/15