11030854_909392619123495_4106960313942053036_nComo parte das exibições do ciclo “O Cinema do Nosso Tempo”, que tem curadoria do crítico de cinema e jornalista Ricardo Pereira e de Gustavo Sousa, e acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campinas, será exibido no próximo dia 21 de março, às 19h30, o filme “Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum”, dos irmãos Joel e Ethan Coen.

Os diretores escolheram como tema do filme a cena folk norte-americana do início dos anos 60, quando os artistas ainda passavam por diversas dificuldades para serem reconhecidos e se apresentavam em pequenos bares do Greenwich Village, antes do sucesso de Bob Dylan. Dentro deste contexto cinzento – construído pela fotografia esfumaçada de Bruno Delbonnel – há belas apresentações musicais, como, por exemplo, da canção “Hang Me, Oh Hang Me” interpretada por Oscar Isaac.

Llewyn Davis (Oscar Isaac) está numa encruzilhada. Com seu violão em punho, acuado pelo imperdoável inverno novaiorquino, ele luta para viver como músico, apesar de enfrentar obstáculos quase intransponíveis – muito por sua própria culpa. Vivendo à mercê de amigos e estranhos, assustado com os trabalhos que encontra, as desventuras de Davis o levam de bares no Village a um clube vazio em Chicago, enfrentando uma odisseia para ter uma audição com um influente empresário musical. (EUA, 2013. Colorido, 104 min).

A exibição é gratuita e seguida de debate.

Nesta terça-feira, 17, a programação de cinema do Museu exibe o filme “Bolívia, La Guerra del Agua”, de Carlos Pronzato. Em abril de 2000, um levantamento social em Cochabamba, Bolívia, expulsou do país a transnacional norte-americana BECHTEL, uma das mais poderosas do mundo, sócia majoritária da Empresa “Aguas del Tunari”, que impôs aumentos abusivos nas tarifas de água, afetando também direitos milenares dos povos indígenas sobre o uso solidário da água. A denominada “Guerra da Água” evidenciou uma contradição central em torno da água no mundo atual: privatização versus o bem comum.

O ciclo “Diversidade Cultural –  outras linguagens, outros olhares”, com curadoria de Adriano de Jesus, exibe na sexta-feira, 20 de março, às 19h, o filme FACE – “Visage”, com direção de Ming-liang Tsai. Um diretor taiwanês prepara uma adaptação assustadora da crônica delirante de Salomé, enteada de Herodes, que certamente exigiu a cabeça de João Batista. Ardant interpreta o produtor do projeto, e também Moreau é a musa que aparece em seus sonhos. (França / Taiwan / Bélgica / Holanda , 2009. Colorido, 138 min).

O mesmo ciclo exibe no sábado, 21 de março, às 16h, o filme “Cairo 678”, de Mohamed Diab. Fayza (Boshra) é uma dona de casa pacata e mãe de dois filhos, que não consegue evitar o assédio diário ao pegar o ônibus. No outro lado da cidade vive Seba (Nelly Karim), uma endinheirada designer de joias que, após ser violentada durante um jogo de futebol, passa a ensinar outras mulheres a se defender. Já Nelly (Nahed El Sebaï) virou alvo de todo o país ao se tornar a primeira egípcia a apresentar uma queixa na justiça por assédio sexual. Longa foi premiado nos festivais de Chicago, Dubai e Asia Screen Awards. (Egito, 2012, 100 min).

Mais informações sobre a programação de cinema completa do Museu AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)