Imagem: 247-wiki - família imperial
Família imperial e a bolsa monarquia

O Brasil é uma incrível República com 147 reis e rainhas que vivem sem trabalhar recebendo uma “bolsa monarquia”. E uma bolsa bem melhor que o bolsa família. A ‘bolsa monarquia’ concede entre R$ 10 mil e R$ 26,5 mil para majestades estaduais. São as chamadas aposentadorias e pensões vitalícias aprovadas em 21 estados brasileiros. Elas beneficiam 104 ex-governadores e 53 viúvas.

Ao todo, a ‘bolsa monarquia’ consome R$ 46,8 milhões e toda a estrutura para mantê-la. Os beneficiários, de vários partidos, expõem uma característica da república brasileira, que é o político contra o povo.

Um benefício que só existe atualmente graças ao golpe civil-militar de 64, quando parte da elite política se apossou dos bens públicos com a força das armas, assassinou opositores e impedia qualquer crítica, quanto mais uma investigação. Daí, esse direito garantido de usurpar a população. Para OAB, benefícios são agressão ao princípio da moralidade; governadores argumentam que recebem porque é legal. Legal para eles! Veja trecho do 247:

“Reportagem dos jornalistas Simone Iglesias e Chico de Gois, publicada nesse domingo, 28, pelo O Globo, mostra que neste mês, Roseana Sarney (PMDB), que governava o Maranhão e renunciou ao cargo, fez o pedido da pensão ao tesouro de seu estado e passará a receber R$ 24 mil, além dos R$ 23 mil que já acumula por ser funcionária aposentada do Senado.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que deixará o governo da Bahia no dia 1º de janeiro, passará a receber automaticamente R$ 19,3 mil por mês. Este estado foi o último a aprovar uma lei garantindo o benefício aos seus ex-governadores, em novembro passado.

Um dos mais emblemáticos líderes da oposição, o presidente do DEM, Agripino Maia (RN), também recebe R$ 11 mil de pensão pelo seu estado como ex-governador, que soma-se aos vencimentos de R$ 26,7 mil do Senado.

Dos 26 estados e o Distrito Federal, 21, uma esmagadora maioria, pagam as aposentadorias vitalícias. Em 11 deles — Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pará, Roraima, Acre, Bahia, Rondônia, Maranhão, Amazonas e Paraíba — a regra está ativa e vale para os governadores que deixarão os cargos dia 1º de janeiro.” (Texto integral)