O secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza admitiu hoje, durante audiência na Comissão de Saúde da Câmara, que o governo municipal tem sua parcela de culpa na epidemia de dengue do município.

Cármino de Souza, secretário de Saúde de Campinas
Cármino de Souza, secretário de Saúde de Campinas

Um dos problemas apontados pelo secretário de Saúde para o avanço da epidemia foi a demora em repor as equipes de combate à dengue com o fim do contrato de serviços com o hospital Cândido Ferreira, que contratava agentes de saúde. A prefeitura contratou apenas 140 agentes por concurso, quando a quantidade prevista era de 250.

A prefeitura foi obrigada romper o contrato com o Cândido Ferreira, que foi considerado irregular pelo Tribunal de Consta do Estado (TCE), mas o acordo com o Ministério Público previa um período de ajuste para que a prefeitura contratasse profissionais por concurso para que não houvesse problemas na área da saúde. Os funcionários do Cândido Ferreira representavam na época cerca de 25% do total de funcionários da Saúde. No entanto, a prefeitura demorou para repor os funcionários.

Na audiência, poucos vereadores compareceram, apesar de a cidade viver a pior epidemia de dengue da história, com 14 mil infectados e duas mortes confirmadas. Participaram da audiência os vereadores Rafael Zimbaldi (PP), Gilberto Vermelho (PSDB), Pedro Tourinho (PT), Marcos Bernadelli (PSDB), Angelo Barreto (PT), Tico Costa (SDD), Carlão do PT e professor Ronaldo (PCdoB).

Além de hospitais lotados por causa da epidemia, mais uma morte foi anunciada hoje pela Secretaria de Saúde, após confirmação do Instituto Adolfo Lutz. A vítima morreu no dia 7 de abril e era uma mulher de 60 anos. (Carta Campinas)