O PT tem ou teve uma chance histórica de romper com o PMDB e sair bem na fita. Dilma Rousseff se encontra no mesmo momento em que esteve diante das manifestações de junho de 2013. Ou avança ou retrocede.

Eduardo Cunha
Eduardo Cunha: contra os interesses dos usuários de internet e do governo

Dilma Rousseff dormiu com o inimigo. Se aceitar a chantagem nefasta de setores do PMDB, leva junto toda a esperança de um segundo mandato mais progressista. Eduardo Cunha, deputado do PMDB-RJ, é o inimigo da base do governo. Ele trabalha contra os usuários de internet e contra o governo que deveria apoiar. Está ligado ao Rio de Janeiro, com candidatura do PMDB e contra o petista Lindbergh Farias, mas parece que Dilma vai ficar como o PMDB.

Se não aceitar a chantagem fisiológica, Dilma tem grande chance de implodir o PMDB. Nas vésperas das eleições, seria muito melhor ter uma maioria apertada que segure as pontas até o final do mandato. Mais que isso, é o momento de Dilma Rousseff aproveitar para angariar votos diante da agressividade peemedebista. É hora de endurecer com o PMDB e, ao mesmo tempo, levar em banho maria até o final do ano.

O ex-presidente Lula teve boa governabilidade tendo como vice-presidente José de Alencar, que era de um partido nanico (PL).

Após as eleições no final do ano e, confirmada vitória, seria hora de organizar a base e jogar no lixo o entulho peemedebista.

É impossível governar com avanços sociais e políticos com uma base que chantageia e corrói a estrutura da própria governabilidade.