Holambra e Valinhos são as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que estão em melhor condição para enfrentar a dengue neste verão.

Dengue Aedes aegypti
Cartilha do governo sobre a dengue

No Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), feito recentemente pelo governo federal em  1.315 cidades, Holambra teve índice 0,0, o melhor da região, e Valinhos veio em seguida com índice 0,1.

O levantamento tem como objetivo identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença.

Campinas, a principal cidade da região, não participou da pesquisa em parceria com o governo federal. Entre as cidades que participaram, Cosmópolis, Santa Bárbara D’Oeste e Vinhedo tiveram índice 0,3. Hortolândia teve índice 0,6 e Paulínia, 0,8. Em situação pior ficaram Sumaré com 1,4 e Jaguariúna com 1,9. As outras cidades da RMC também não participaram da pesquisa.

O levantamento, elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios, foi realizado entre 1º outubro e 08 de novembro deste ano.

Novo mapa da dengue do Brasil revelou que 157 municípios brasileiros estão em situação de risco para a doença, outros 525 em alerta e 633 cidades com índice satisfatório.

Para intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde está dobrando o volume de recursos adicionais que serão repassados a todos os estados e municípios brasileiros. Portaria autorizando o repasse de R$ 363,4 milhões foi assinada mês passado pelo ministro Alexandre Padilha. Os recursos são para incrementar os investimentos realizados nas ações de vigilância em saúde, que somam R$ 1,2 bilhão, sem o montante adicional.

Este montante adicional significa um acréscimo 110% em relação ao que foi transferido em 2012 e contempla todos os municípios do país. No ano passado, foram transferidos R$ 173,3 milhões. Em contrapartida, os municípios precisam cumprir metas como assegurar a quantidade adequada de agentes de controle de endemias, garantir a cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e realizar o LIRAa.

“Hoje estamos começando o campeonato contra a dengue. O Ministério da Saúde tem feito o esforço de não esperar começar os casos e as transmissões de dengue – que ocorrem de janeiro a maio – para mobilizar o conjunto dos prefeitos e secretários municipais, além da sociedade civil”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação do LIRAa e lançamento da campanha nacional.

O ministro chamou a atenção para a redução dos óbitos em comparação com anos anteriores, que apresentaram, inclusive, números inferiores de notificações. Ele lembrou que esta queda é resultado do esforço do Ministério da Saúde e dos gestores locais em reforçar a assistência ao paciente com dengue. “Ainda não estamos satisfeitos. Queremos reduzir mais a mortalidade por dengue, principalmente dos grupos mais vulneráveis como idosos e pessoas com doenças associadas”, observou Padilha.

O ministro ressaltou ainda a importância da participação dos profissionais do Programa Mais Médicos para o atendimento aos pacientes com dengue. “A maioria dos médicos é de países com experiência consolidada de cuidado da dengue. São médicos bastante capacitados para o atendimento da dengue”, ressaltou Padilha, citando como exemplo os profissionais cubanos.

Nos municípios classificados em situação de risco, mais de 4% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. É considerado estado de alerta quando os imóveis pesquisados apresentam índice entre 1% a 3,9% e satisfatório quando fica abaixo de 1%. (Carta Campinas com Agência Brasil)